6.5.11

Um dia atribulado...












De eléctrico do Camões para a Graça, numa aventura com jovens pouco habituados a sair do seu Bairro. Risada na voz, entorpecidos pela paisagem, deixavam cair palavras de imaturidade. Gritavam à janela para os transeuntes, tentando obter o mínimo da sua atenção. Num percurso rico em arquitectura e azulejo, deslocámo-nos de paragem em paragem, ao ritmo lento de um eléctrico. Os estrangeiros deliravam com os encantos das ruas e ruelas, tascas e casas de fado, fachadas, varandas e varandins enfeitados de flores e roupa. Tipicidade na alma e fado na voz, inspiram história e cultura, albergando momentos da magia e da intimidade de Lisboa. Na Graça, saímos correndo atrás do autocarro. Aquele, cujo número, nos levaria até à estação de Santa Apolónia. Daí partimos para Xabregas, no encalço do Museu do Azulejo. Esperavam-nos para uma visita guiada pelas suas instalações. Refeitos da viagem de eléctrico e dos longos quilómetros percorridos entre a Casa dos Bicos, no campo de cebolas e o Carmo, percorremos as alas do Convento Madre de Deus, que alberga o Museu Nacional do Azulejo. Durante o percurso pedestre, de papel na mão, em jeito de paddy-paper, deram conta dos mais belos azulejos que encimam muitas das fachadas avistadas. Foi a única forma de os manter concentrados e atentos. Apesar de ter sido um dia muito cheio e recheado de aventuras, o resultado foi muito satisfatório, mesmo com alguns percalços inerentes a comportamentos (anti)sociais ainda não consolidados. Talvez, enquanto estagiários, possam ultrapassar estes obstáculos, para que possam ser mais fortes e autónomos nas decisões que tiverem de tomar.
Tell@

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