5.6.11

Episódio a esquecer...

Ontem à tarde, em plena rua, fui atacada por um cão. Em defesa do meu, acabei agredida por um pitbull que passava sem trela, livre e desobediente. Insistidamente, pedi que o prendessem. Não o fizeram por acharem que ele não fazia mal a ninguém. Errado. Não o conhecem. Atirou-se ao meu, mordendo-o por onde apanhava. E a mim também. Estive alguns minutos em choque, gritando por socorro. Um homem, vindo de algures, agarrou-o e puxou-o. De perna e calça rasgada, corri para casa. O medo apoderou-se de mim, tal como ele. Ainda hoje não me refiz do susto. Não me recordo como subi as escadas e como abri a porta. Desatei em choro compulsivo. A noite foi mal dormida, não consegui ainda desligar-me do episódio. Como é possível um cão destes andar solto, e praticamente sozinho. Duas mulheres que o acompanhavam nem se moveram, aguardando o desenlace agarradas ao chão. Ninguém se aproximou ou me perguntou como estava. Mundo cão. Dos que mordem e dos que se calam quando deviam de ladrar (ou falar). Dizem que as raças consideradas mais violentas e/ou agressivas deviam de andar presas e/ou de açaime. Ainda me propus a fazer queixa, mas contra quem? É neste mundo que vivemos. De inconstante incerteza. De medo do reflexo dos outros. Daquilo que em cada esquina se esconde.

Tell@

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